Por Keynes Aynaud

Os arranhas-céus estão rasgando os ceús,

As luzes estão queimando as nuvens,

Graças ao poderio da tecnologia;

Mas o festival está traumatizando as estrelas.

 

Cidade, cidade…

De tanto pregar cores

Acabou pegando aborrecimento.

 

Essa festa ambulante,

Essa masquerade,

É mais falsificada do que os discursos de políticos.

 

Isso não é uma festa,

É uma reunião de sonâmbulos

Que chamam de “festa”.

 

Pobres cores… Pobres carros…

São obrigados a perder tempo ouvindo esses sacos de ingredientes.

(Aliás, cadê a Ferrari e o seu vermelho?)

Usaram vocês como se fossem drogas.

Principalmente as pasteis.

Agora, estão aí,

como um relógio hipnotizador,

Clamando:

“Vocês estão bem.

Nada vai dar de errado.

Apenas deixe Ele resolver o que for de ruim.”

 

Sinto pena das verdadeiras masquerades.

De expressar o que gostariam de ser,

viraram os desejos dos outros;

O Progresso,

Honra,

Virtude,

E outras qualidades,

foram jogados no moedor de carne,

Em troca de seguranças.

 

Enquanto essa neoescravidão continua,

Enquanto eu escrevo isso,

Mais baboceiras são produzidas.

Pobre TV…

 

Como eu sempre digo:

Coisas boas sempre vêm com oportunidade de maldades.

Como, por exemplo,

Sentimentos.

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